5 Coisas que músicos devem deixar para trás em 2024

Chegou 2024. E agora?

Artistas independentes frequentemente parecem estar sabotando o próprio caminho, devido a algumas crenças ultrapassadas ou prioridades equivocadas.

E isso geralmente não tem nada a ver com a qualidade da música. Às vezes, artistas com canções surpreendentes não conseguem alcançar o público que poderiam, porque estão muito apegados a ideias que já não os servem mais.

Isso se aplica apenas a artistas com mais de [Inserir idade: 25, 45, 75…]? Surpreendentemente, não!

Embora se pudesse supor que artistas mais jovens estejam mais preparados para abraçar novas ferramentas, tendências e mentalidades, é provável que eles também sofram com modos de pensar obsoletos.

Pensando nisso, aqui estão 5 coisas que músicos independentes devem deixar para trás em 2024!

1. Esperar contrato com um selo ou gravadora.

Veja como os selos funcionam agora: Nenhuma descoberta tradicional de A&R e nenhum desenvolvimento artístico.

Eles não vão encontrar você em um bar tocando para 20 pessoas, adorar a sua música, e te trazer um contrato pronto para você assinar, com a solução para todos os seus problemas.

E se eles te encontrarem e amarem sua música, será porque você já tem milhões de vistas no TikTok. E que sorte a sua, eles lhe darão um contrato para uma canção. Uau, UMA canção!

Se você for assinado e seu primeiro álbum não for um sucesso, eles não vão te manter por mais 5 álbuns como se você fosse o Bruce Springsteen do início da década de 1970.

Pare de esperar que um selo entre em cena como um parceiro de longo prazo. As gravadoras agora esperam que VOCÊ prove que tem uma viabilidade de mercado maciça, você então assinará um acordo que provavelmente não precisa (porque, ummm… você provou que tem uma viabilidade de mercado maciça por conta própria), e você vai trabalhar mais do que nunca para pagá-los de volta por este “privilégio”.

Não espere por um rótulo para validar sua arte. Faça uma conexão direta com os fãs hoje.

2. A idéia de que a indústria musical de ontem teria funcionado melhor para você

Oh, você pensou que havia uma “Era de Ouro”?

Que tudo era melhor na década de 1960? Ou nos anos 90? Ou o que quer que seja?

A verdade é que para 99% dos artistas era muito mais caro gravar música “na época”, e era muito mais difícil levar essas faixas aos ouvintes. E, a menos que você fosse um dos poucos sortudos que assinaram com uma gravadora, você não teria acesso significativo (sustentado) aos pontos de venda da indústria como rádio, imprensa e lojas físicas de música.

Claro, a acessibilidade e a facilidade de gravação, distribuição e audição hoje significa que você tem um tipo diferente de problema: competir contra o excesso de música em uma geração com atenção limitada. Mas pelo menos o ponto de partida hoje assume que você está envolvido no processo expressivo de lançamento de música – juntamente com os benefícios do “livre” alcance através da descoberta social e algorítmica.

Não se perca no que poderia ter sido. Aproveite ao máximo como é fácil criar música agora mesmo.

3. Contratação de serviços predatórios, como pagar para estar em playlists e serviços de relações públicas com falsas expectativas

É claro que existem publicistas e promotores de renome. E eles lhe dirão que relações públicas e promoção não são nenhuma garantia. Esses profissionais trabalharão duro para obter resultados em seu nome, mas não garantirão o sucesso.

Há também o promotor, publicitário, gerente, agente, agência, ou consultor que te garantirá algo. E se eles garantirem resultados “incríveis”,  eles geralmente estão enganando você até certo ponto.

Estes “especialistas” predadores se aproveitam de artista sonhadores.

Mas a verdade sobre a imprensa e a promoção de sucesso é que ela geralmente não constrói um trampolim sustentável. Você recebe algumas críticas agradáveis, toca na rádio algumas vezes, entra em algumas playlists – e depois? Isso criou “tração”? Vendeu mais ingressos para shows? Aumentou suas transmissões a longo prazo? Infelizmente, a resposta geralmente é não.

Agora imagine que você está trabalhando com uma agência predatória; provavelmente está custando a você uma fortuna por zero resultados, ou resultados totalmente contraproducentes, criando escutas falsas e passivas que prejudicam a performance algorítmica presente e futura da sua música.

Se você se encontrar trabalhando com alguém que não vai estabelecer expectativas realistas já de início, você deve esperar o pior.

E existem especialistas que realmente PODEM ajudá-lo a passar para o próximo nível de sua carreira, basta lembrar que você geralmente precisa sair e encontrá-los, e não o contrário.

4. Seu ódio às mídias sociais

De alguma forma, em 2023 ainda há músicos que não abraçam o ambiente digital e mídias sociais. Isto inclui alguns artistas mais jovens.

E não quero dizer que você precisa abraçar TODAS as redes e plataformas. Mas você precisa entender que mídias sociais são uma ferramenta crucial para alcançar o seu público.

É o novo rádio, imprensa, meio de descoberta, turnê, branding, o fã-clube e o A&R – todos embrulhados em um só lugar: mídias sociais.

Simplificando: se você não vai onde as pessoas estão, não fique chateado por ninguém notar você.

Talvez você deteste a internet porque a usou mal no passado e se queimou? Saiba que possivelmente, ninguém se lembra disso!

5. Segurar sua música até a “data de lançamento oficial”.

Quando comecei a trabalhar no CD Baby, às vezes falava com artistas que não ouviam sua própria música em casa a menos que tivessem fones de ouvido, aterrorizados que os vizinhos ouvissem a brilhante canção e a roubassem.

Agora, obviamente esse é um exemplo extremo, mas provavelmente todos nós podemos nos relacionar de alguma forma com essa paranóia. É por isso que compartilhamos um link do Soundcloud não listado antes do lançamento oficial e dizemos à pessoa “Por favor, não compartilhe isto”.

Talvez nossas reservas não sejam sobre roubo, mas mais sobre conservar energia e mistério a fim de liberar a música “certa”.

De qualquer forma, acho que nossa prudência é injustificada.

Em primeiro lugar, enquanto nossas canções podem se tornar um ponto de conexão importante, a música em si não é rara. Na verdade, A.I. está começando a compor catálogos maciços de canções para todos os tipos de propósitos. Para não falar dos milhões de artistas que lançam músicas todos os meses.

Portanto, não creio que haja os mesmos perigos de violação intencional em uma época em que a criação musical é fácil e acelerada. Mas também, no momento em que sua música é gravada, você controla os direitos autorais. É claro que há benefícios adicionais com o registro desses direitos autorais, mas não retenha sua música porque “alguém pode roubá-la”.

Finalmente, porém, temos que repensar completamente um “lançamento”.

Como recomenda Cassie Petrey da Crowd Surf:

“Sua data de lançamento REAL é o minuto em que você compartilha um clipe no TikTok. O lançamento da gravação completa deve ser pensado como mais um remix na imaginação de seu público”.

Portanto, coloque sua música para fora, como um clipe, um teaser, uma demonstração, um prompt, um desafio, um gancho, um sentimento…

Esse é o seu lançamento oficial, usando engajamento, antecipação e narração de histórias para fazer com que as pessoas se interessem pela trilha completa que se segue.

Bônus: Criticar o auto-tune, odiar a música pop, etc…

Por alguma razão, nosso cérebro acredita que a música de nossa juventude é o melhor material do mundo e tudo o resto é lixo.

Mas cuidado com essa atitude! Não há maneira mais rápida de ficar sem rumo do que fazer críticas gerais sobre a música moderna.

“Que forçado isso” , “exagerado demais” , “não fez o suficiente”. Pense nisso!

Há músicas incríveis sendo criadas hoje em dia. Encontre algumas e se inspire. Sua própria música lhe agradecerá.

Eu esqueci alguma coisa? Você teve que superar um hábito ou uma mentalidade que o prendia? Deixe nos comentários.