de+graça+mauricio+requiaoPor Chris Robley

Você foi ajudado ou lesado pela tendência de música de graça?
Um artigo fascinante chamado “Station to Station: The Past, Present, and Future of Streaming Music” (O passado, o presente e o future da música em “streaming”) apareceu no Pitchfork, e — é claro — ele me deixou pensando muito no conceito de música grátis.

É claro que nada é completamente “de graça”. Mesmo quando um dos seus fãs escuta sua música no Pandora, ele está pagando uma operadora de internet ou uma telefônica para usar o celular e acessar a música “de graça”.  Outra empresa está pagando por publicidade para chegar até o seu fã, um dinheiro que ajuda o Pandora a continuar aberto. E o Pandora está pagando a você, o artista, por meio do SoundExchange.

Mas, para melhor esclarecer essa questão, vamos definir o que é “música grátis” do jeito mais simples: o ouvinte não tirou dinheiro do bolso para ter acesso especificamente à sua música, mas ele tem direito a ouvir essa música do mesmo jeito.

O fácil acesso à musica ajudou você a conseguir fãs que não teria conseguido encontrar de outro jeito? Ou só teve um impacto negativo na sua renda de artista independente?

O debate sobre música grátis já vem Rolando há mais de uma década, e ainda não há resposta que agrade aos dois lados. David Byrne acredita que a internet “vai sugar o conteúdo criativo de todo o mundo,” e que que romper com a internet seria um ganho para toda a humanidade. Um editorial escrito por Tim Kreider para o “New York Times” chamado “Slaves of the Internet, Unite!” (escravos da internet, uni-vos!)  dá voz à frustração de artistas de todo o mundo que estão cansados de ver seu trabalho passar desvalorizado (tanto monetariamente desvalorizado quando em outras esferas). Thom Yorke tirou todo o catálogo do Atoms for Peace do Spotify, e recebeu muita atenção com isso, porque acreditava que música em “streaming” de graça na internet dificultava que bandas novas decolassem.

E, ainda assim, há muitos artistas novos que estão usando da música de graça como uma oportunidade, e que veem serviços de música em “streaming” como seus aliados. Alguns anos atrás, Macklemore e Ryan Lewis conseguiram chegar ao primeiro lugar do iTunes e do Spotify ao mesmo tempo com The Heist.

 

Longe de estar canibalizando suas vendas, o “streaming” parecia estar alimentando os downloads pagos. Muitos outros artistas independentes estabeleceram suas carreiras na última década incentivando fãs a ouvires de graça ou mesmo compartilhar arquivos de sua música.  É claro que esses artistas sempre acharam um jeito de transformar esses fãs em clientes pagantes. Mas dar acesso gratuito às músicas foi o que deu a essas bandas a chance de ter fãs.

O que você pensa dessa assunto? Você acha que a maioria dos artistas “more de exposição” a música de graça está ajudando a gente a conseguir mais fãs? Talvez um pouco dos dois? Conte para nós o que você acha na seção de comentários, aqui embaixo.

[hana-code-insert name=’Newsletter Sign-up’ /]