Em Girls, Marnie nos deu um belo exemplo de como NÃO lidar com um público difícil

Você assite o seriado Girls da HBO? Se sim, você já deve saber para onde eu estou indo com isso. Se não, vou fazer um recap de uma cena estranha, cheia de vergonha alheia, muito-desconfortável-mas-ao-mesmo-tempo-bem-engraçada – uma cena em que podemos aprender uma lição valiosa (mesmo que bem básica).

Marnie (interpretada por Alison Williams) tem escrito alguma músicas – ou pelo menos letras – com Desi (Ebon Moss-Bachrach), seu amigo que toca violão.

As músicas são extremamente pessoais, suaves em sua execução (violão acústico e harmonia com duas vozes),e perfeitas para um público que quer se apegar em cada palavra triste da letra. Porque esse tipo de público existe quando você nunca fez um show na sua vida, certo?

Pelo menos Marnie e Desi escolheram um “Jazz Brunch” em um restaurante mais sofisticado para apresentar o seu duo. Parece um bom lugar para um acústico delicado, certo? Só que não.

Logo no começo da setlist, durante uma canção dedicada – e escrita para – um amigo presente, o público sai de controle: crianças começam a correr, pais tentam pegar elas, pessoas começam a ficar um pouco alegres depois de algumas mimosas. A vibração no restaurante começa a mudar de um pouco interessados para distraídos até chegar em completamente hostil quando uma criança tapa os ouvidos e pergunta “Por que ela não para de cantar?”

Nesse momento, Marnie perde o controle e esquece a letra. Desi para de tocar para consolá-la, mas acaba brigando com o público enquanto Marnie foge do palco chorando e lamentando que “As pessoas não estão nem prestando atenção, eles não estão ouvindo”. Alerta de crise!

Fora do restaurante, vemos Marnie aos prantos, e quando seu amigo Elijah chega, para acalma-lá, ela começa a defender o significado da sua arte entre cada soluço:

É então que Elijah dá a ela um dos melhores conselhos que um músico jovem e idealista poderia receber (especialmente em Nova York):

Ele continua: “Chorar, tremer – você precisa fazer essa po**ra acabar.Se você quer fazer isso, você precisa engrossar sua pele, OK?  Você deveria ter parado de ligar  para qualquer m**da quando subiu naquele palco!”

Ele então explica que Judy Garland e Lady Gaga compartilham uma atitude blasè que, apesar de todas as críticas, colocaram elas exatamente onde elas queriam estar. Isso é o que falta para a Marnie.

Marnie aprendeu uma dura lição que muitos de nós descobrimos começando de baixo: você vai tocar para platéias muito difíceis, e se você não encontrar um jeito de lidar com isso, ignorar, ou trabalhar ainda mais por causa disso, você não irá durar muito. O exemplo da Marnie é um pouco extremo para poder gerar algumas risadas, mas estamos dispostos a apostar que alguns de vocês já tocaram em lugares como esse.

Conte a sua história sobre públicos horríveis ou dê um conselho para alguém como a Marnie nos comentários!

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