3 regras para a venda de produtos que a maioria dos músicos desobedece

3 regras para a venda de produtos que a maioria dos músicos desobedecePor Chris Robley

Desceu do palco? Vai pra banquinha de mercadoria AGORA!

No mês passado, levei minha filha para seu primeiro show de rock. Nós vimos a banda Dawes tocar no gramado da loja da L.L. Bean’s.

Eu amo a Dawes. As letras. Os vocais. O timbre. A apresentação. Amo. Minha filha também os ama. E, graças a um amigo, a gente conseguiu lugares na primeira fila (veja uns vídeos mais para baixo).

A Dawes não é famoso tipo a Beyoncé, mas eu fiquei surpreso de ver alguns dos integrantes — acho que era o vocalista e o baterista— dando ponto na lojinha que vende mercadorias da banda, depois do show, quando se formou uma fila que deveria se contar às centenas de pessoas. Era difícil ver o que acontecia além da multidão, mas acho que eles estavam conversando com fãs e autografando pôsteres e álbuns.

Naquele momento, minha filha estava já mais interessada no aquário gigante que existe dentro da L.L. Bean, então a gente não esperou na fila. Uma hora depois, a gente saiu da loja e passou pela barraquinha de mercadorias. A banda tinha ido embora. A muvuca tinha ido embora. Mas ainda havia algumas pessoas trabalhando ali, para o caso de alguém (tipo eu) estiver a fim de fazer comprinhas atrasadas.

Por que artistas NÃO ESTARIAM na sua barraquinha de produtos?

Eu não deveria ter ficado todo surpreso que a banda estivesse ali recepcionando fãs, logo depois do show. Reservando um tempo para mostrar a eles que são gratos pelo reconhecimento e dando uma oportunidade de se aproximar mais do seu som — é sobre isso que muitas carreiras musicais se constrõem hoje em dia. E, se for para pensar só no aspecto economico, é essa lógica que motiva a venda de mercadorias..

Mas muitos de nós, músicos, ainda somos teimosos (seja por hábito ou por uma vontade abstrata) às velhas noções de estrelas do pop ou de rock stars. Eles tinham de ser inacessíveis. Eles tinham de se esconder no camarim. Eles deveriam ser divas, babacas que não conseguem viver direito, ou coisa ainda pior. Quanta bobagem.

Infelizmente, essas pataquadas entraram fundo no incosciente da maioria dos músicos modernos, músicos que por isso acham que tem cartão verde para não interagir com seus fãs. Eles falham nesse passo crucial na hora de construir uma carreira, seja porque pensam que fazer isso é uma atitude abaixo deles, porque se esquecem que fazer isso é importante, porque eles acham que deveria haver um muro separando o comércio artístico do puro e simples comércio (que dá nojinho neles), ou porque não se sentem confortáveis com essas interações (o que é compreensível no caso de artistas tímidos, mas que pode ser aprimorado como sua música — com treino, treino, treino, treino).

Aqui vão as 3 regras do comércio de produtos de banda que são mais ignoradas do que respeitadas…

… mas que podem fazer uma grande diferença em vendas, inscrições na sua lista de emails e em estabelecer um relacionamento com seus fãs:

  1. Tenha alguém tomando conta da banquinha durante o show. Colocar uma urna para as pessoas darem gorjetas enquanto você toca não chega aos pés da eficiência de ter alguém vendendo seus produtos. Pagar uma porcentagem das vendas é um ótimo jeito de motivar essa pessoa. Não abuse da boa vontade dos seus amigos para tomar conta da mesinha de graça. Pague para alguém trabalhar e você vai sentir a diferença na sua carteira. Recompense quem está ganhando dinheiro para você. Não os trate do jeito que os promoters escrotos te trataram.
  2. Quando não estiver no palco, esteja na banquinha. Reserve um lugar para os fãs fazerem uma zoeira com a banda. Não no camarim. Você não ganha dinheiro no camarim. O backstage é o lugar em que você fica loucão pelas fãs que tomam sua cerveja e tiram seu foco do dinheiro que poderia estar ganhando. Se você for farrear na frente de todo mundo, talvez algumas dessas groupies sairão do show com camisetas e CDs, em vez de levar consigo apenas (coloque uma piada suja neste espaço).
  3. A banquinha de produtos deve ser sempre a última coisa a ser desmontada. As pessoas não só odeiam ter de carregar comprar que fizeram por aí a noite toda, mas é também no fim da noite que elas sabem quanto dinheiro ainda tem e estão mais generosas com seus cartões de crédito. PS: Aceite cartões de crétido.

A Dawes fez essas três coisas bem (além de cantar bem). É, e eles fazem turnês num ônibus gigantesco e poderiam pagar alguém para fazer esse serviço — mas artistas com sucesso mais regional também saem ganhando com essas dicas. Experimente nos próximos shows e veja como vai se sair, depois me conta se fez diferença ou não.

Psyched to be front row at L.L. Bean to hear @DawesTheBand slaying the three-part harmonies.

A video posted by Chris Robley (@chrisrobley) on

Confira outras ótimas dicas sobre mercadorias de bandas em “Músicos e Bandas: 5 Dicas para Vender Mais Produtos na Mesinha pós-Show” (Um guia para mercadorias de músicos: como vender mais CDs, camisetas e outros itens no seu próximo show)

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