long-live-rockPor Chris Robley

O rock morreu? Gene Simmons afirmou isso
As pessoas lamentam a morte do rock já faz décadas. Agora o cantor principal do Kiss, Gene Simmons, em uma entrevista à revista Esquire, declarou que “o rock está oficialmente morto.”

Longa vida ao rock!
Mas o que acontece na vida após a morte? De acordo com Simmons, “O rock não morreu de velhice. Foi assassinado.”

Assassinado por compartilhamento de arquivos, downloading, modelos de negócios que dão as coisas de graça e a falta de apoio dos fãs.
“Eu fico tão triste que o próximo adolescente de 15 anos que estiver na garagem de uma cidade como St. Paul e quiser plugar seu amplificador Marshall e tocar no maior voluma possível não terá nem de perto as oportunidades que eu tive”, disse Simmons. “É mais provável que, independentemente do que ele faça, ele falhe.”
Talvez eu mostre aqui que sou tendencioso, mas queria começar apontando que talvez um moleque de 15 anos não queira tocar uma guitarra num amplificador Marshall. Talvez ele esteja feliz tocando violão, ou um clarinete ou um iPad. E mesmo que esse jovem ESTEJA tocando com um Marshall, é provável que ele ame a música, e não as possibilidades financeiras que ela ofereceu ao Gene Simmons.

Como diz um dos meus amigos: “O Gene acha que o rock morreu porque considera ele um emprego, um jeito de ganhar dinheiro. Aquele que não vai falhar é o moleque da garagem, que está fazendo música por amor” — o que me parece muito mais rock’n’roll, e significa que o rock nunca vai morrer, certo?

Se uma parte da definição de Simmons de rock está ligada a um tipo de monetarização da música, que um dia ajudou a sua banda (e eu não estou dizendo que ele pense isso), eu me oporia dizendo que modelos de negócio de música mudam, gostos mudam, carreiras sobem e descem — mas um bocado de artistas ainda ganham uma boa grana com sua música. O moleque da garagem (não importa que tipo de música ele toque) provavelmente tem MAIS chances de ganhar dinheiro com música hoje do que tinha no começo dos anos 1970.

Além do que, se Simmons está de luto por bandas contra o sistema que ganham muito dinheiro com ele (contradição de propósito) — eu também gostaria de dizer que, na minha cabeça, Béla Bartók quebrou tudo com rock muito mais que o Kiss.

O que você acha? O rock morreu? Ou só perdeu seu papel ? E o que é “rock” num mundo em que o público não é obrigado a se dividir em categorias?

Talvez o rock, como quer que Gene Simmons o defina, seja só a música de big band de hoje em dia (e eu digo isso no papel de quem ama rock). Ainda que eu esteja disposto a me mostrarem que estou errado.

Conte para mim o que você acha na seção de comentários, aqui embaixo.

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