Três jeitos DE PENSAR DIFERENTE na hora de lançar sua música

Por Chris Robley

Como artistas independentes podem se aproveitar das novas regras do mercado musical.

Muitos músicos de hoje estão presos a hábitos do século 20, dando duro para fazer dez músicas durante dois anos, lançando um álbum e terminando com um ano de turnê. E depois repetindo.

Isso é compreensível. É como as coisas foram feitas desde sempre, e muitos dos artistas representados por grandes gravadoras ainda estão gravando, lançando e divulgando nesse esquema das antigas.

Mas o mundo mudou. A ascensão da música independente, junto com tecnologias que trouxeram a democratização e a rapidez, significa que há NOVAS oportunidades, que precisamos aprender a aproveitar.

Três novas oportunidades do mercado musical:

1. Você pode continuar trabalhando suas músicas antigas

Com as mídias sociais e posts patrocinados para públicos-alvos bem específicos, você pode encontrar ouvintes no lugar onde eles estão e transformá-los em fãs, mostrando para ele suas músicas e seus vídeos antigos — mesmo que a música seja de 50 anos atrás — porque mesmo sua música mais antiga vai ser novidade para muita gente. A não ser que você seja o Ed Sheeran.

2. Seu catálogo de músicas é mais poderoso do que nunca

Quando mais músicas você fizer, maior será o seu catálogo. E o tamanho do seu catálogo é bem importante em um mundo em que seu conteúdo não envelhece. Como eu disse aí em cima, música em formato digital não tem data de validade, quando o assunto é conquistar novos fãs. Quanto mais músicas você tiver por aí, mais iscas vai ter para jogar na água.

E também vai ajudar a achar oportunidades de usar suas músicas em comerciais, programas de TV ou jogos. Não tem nada a ver com a data quando a música foi lançada. Os diretores de trilha sonora querem a música que se encaixa melhor no produto, e não a mais nova. Liberdade!

É claro que a data de lançamento de uma música ainda importa muito se você quer que a imprensa ou blogs noticiem sua música. Para a nossa sorte, a mídia tradicional importa cada vez menos, agora que você pode chegar ao seu público QUANDO e COMO quiser para causar uma primeira impressão.

3. Você pode fracassar MAIS RÁPIDO, até achar uma música que vá fazer sucesso

Como incentiva o nosso post sobre a metodologia Lean Music Methodology: Lance, Lance, Lance!

“Lançar” significa: terminar as coisas e mostrá-las para o mundo mais rápido. Você poderia estar se arriscando mais, criando mais música, testando novas técnicas, trabalhando com outros artistas.

Por quê? Por todas as razões que eu já falei aí em cima:

  • Gravar hoje é mais barato do que nunca
  • Quando mais música você fizer, maior será seu catálogo (que pode gerar renda em curto e longo prazo, de várias maneiras)
  • Quanto mais dado você tiver sobre o que funciona e o que não funciona com seu público, mais será fácil conquistar outros públicos — informações cruciais

Mas eis outra razão: A gente pode ser ZELOSO DEMAIS com a nossa arte. A gente espera até ter feito algo “perfeito” ou enchido tanto o saco do processo que desistimos e lançamos uma música meia-bomba.  E, de verdade, nenhum desses dois caminhos têm muito a ver com como O OUVINTE vai gostar ou não da música. Para o ouvinte, “bom” é a mesma coisa que “excelente”. Às vezes, até melhor.

Tempo dedicado à criação NÃO É NECESSARIAMENTE uma medida da qualidade do trabalho. Muitos dos meus álbuns prediletos foram gravados em uns poucos takes.

É só pensar no sucesso recente da faixa “Mo Bamba”, de Sheck Wes —escrita, produzida e gravada EM 20 MINUTOS (vídeo abaixo).

Se a história dessa música for te ensinar uma coisa, que seja isso:

Termine as coisas. Lance suas músicas para o mundo. Quanto mais rápido você fracassar, o mais rápido também vai encontrar o sucesso.

Além disso, às vezes nós somos os piores juízes das nossas próprias músicas, então você tem de dar a sua música uma chance de ela encontrar seu público.


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