Por que ‘windowing’ não vai funcionar para você

Por Chris Robley

O lançamento recente do álbum semi-secreto do Radiohead, que NÃO está disponível no on Spotify, e lançamentos exclusivos de Beyoncé e Drake (no TIDAL e no Apple Music respectivamente), renovou-se o interesse por “windowing”

“Windowing” é a prática picotar o seu lançamento em diferentes plataformas, levando os seus fãs mais ferrenhos à plataforma(s) que mais vai beneficiar (o artista), e depois — talvez — aumentar a disponibilidade da sua música para outras plataformas ou lugares, com o passar do tempo.

Por exemplo, vamos fingir que você é a Adele e sabe que seu próximo CD vai vender loucamente. Então, pelas primeiras sessões, você só oferece o CD em uma forma física e no formato clássico de download pago, para ganhar o máximo dinheiro o possível durante a temporada em que sua música vai ganhar mais atenção. Sem “streaming”.

Daí, quando essas vendas começarem a cair, você coloca sua música para estar disponível em “streaming”.

Se você é um artista independente, limitar sua distribuição provavelmente será um erro

Mas aí vai a real, e eu tenho certeza que você já ouviu isso antes: você não é a Adele.

É mais provável que, quando você lançar um disco novo, o hype que ele vai ter nos três primeiros meses vai ser o máximo de atenção que sua música vai receber. O que significa que você não pode tentar manejar as interações que o público vai ter com seu som.

Adele, Beyoncé, Drake, Radiohead — eles são estrelas.  Eles podem comandar sua plateia a ir aonde eles quiserem. Mas, se você está tentando conquistar público, tem de ir atrás deles nos lugares onde eles já estão consumindo música. E isso significa: esteja em todos os lugares. Em iTunes, Amazon, Apple Music, Spotify, Google Play, TIDAL. No YouTube. Em CD. Até em disco de vinil (se tiver o orçamento para tanto).

Uma vez que você tiver crescido na carreira e conquistado seguidores leais, daí talvez seja a hora de brincar um pouco com esse modelo. Mas, até lá, não dificulte para os seus fãs. Já tem distração o suficiente no mundo hoje em dia; se alguém não conseguir achar sua música em uma plataforma, essa pessoa vai ouvir o próximo artista.