[Este artigo apareceu primeiro em Billboard.com, e foi escrito por Dan Rys.]
A distribuidora e editora de artistas independentes também repassou mais de US$ 600 milhões de pagamentos desde que foi lançada em 1998, de acordo com a empresa
Quando a distribuidora e editora de direitos CD Baby abriu para negócios em 1998, o mercado fonográfico estava florescendo, a caminho do ápice de renda que jamais alcançaria, e que chegou no fim daquele ano. O que veio depois, entretanto, ia ser uma decadência quase catastrófica que, em uma década, iria fazer o mercado diminuir pela metade, antes de os ganhos modestos de streaming explodirem e se tornarem uma oportunidade maciça de trazer o mercado de volta para os trilhos — e, mais importante, para o crescimento.
Entre esses altos e baixos, a CD Baby aguentou firme e, agora, enquanto comemora os 20 anos de existência, a empresa apresenta algumas marcas notáveis: apenas em 2017, a CD Baby distribuiu US$ 80,1 milhões de dólares (mais de R$ 250 milhões) a artistas independentes, um aumento de 33% se comparado com 2016; e, durante suas duas décadas de existência, pagou mais de US$ 600 milhões em todo o mundo. De acordo com os dados da empresa, a CD Baby distribui o som de mais de 650.000 artistas e mais de 9 milhões de faixas, e publica a obra de 140.000 compositores e 875.000 músicas, e representa artistas em 215 territórios ao redor do globo.
Um elemento-chave nesse crescimento recente das métricas, como não deveria ser surpresa para ninguém, foi o streaming.
“Apenas seis anos atrás, os downloads do iTunes eram a principal fonte de renda para nossos artistas”, diz o vice-presidente de marketing da CD Baby, Kevin Breuner, em uma declaração. “Com essa mudança [na direção do streaming], a gente viu a renda crescer dramaticamente. O gráfico de torta está crescendo como um todo, e os músicos estão pegando suas fatias.”
Para apoiar seu argumento, a CD Baby liberou dados para a Billboard (os gráficos com as métricas que citamos nessa matéria podem ser vistos abaixo). Dito isso, vale ressaltar que em 2009, dos US$ 33,3 milhões que a empresa pagou aos artistas, apenas US$ 575.000 — ou 1,7% — vinham de serviços de streaming. Em 2017, menos de uma década depois, esse percentual tinha saltado para 58%, com US$ 46,7 milhões dos US$ 80,1 milhões totais vindos de streaming.
Por mais que sejam impressionantes, os pagamentos da CD Baby ainda são uma fatia relativamente pequena do mercado de música independente global, estimado em US$ 6 bilhões de renda em 2016, ou 38% do mercado de músicas gravadas, de acordo com um estudo de outubro de 2017 conduzido pela Worldwide Independent Network. De fato, outra métrica da CD Baby indicou que, enquanto o total de pagamentos cresceu, sua representação dentro de toda a renda gerada por distribuição digital, na verdade, diminuiu nos últimos seis anos. Foi de 4,5% em 2011 para 1,5% em 2017, enquanto outros serviços como Spotify, Apple Music e Pandora entraram num mercado que era dominado só por iTunes.
“Nós estamos animados por ver que a renda do artista médio cresceu um terço, pelo terceiro ano seguido, graças aos milhões de novos clientes que exploram os serviços de streaming”, disse o CEO da empresa, Tracy Maddux, em uma nota. “Estamos muito otimistas com essa tendência, enquanto continuamos lutando para que as taxas de pagamento de streamings feitas aos artistas cresçam sempre.”
Confira o infográfico abaixo: