[Este post foi escrito por Jhoni Jackson e foi publicado no SonicBids Blog.]
Emails vendendo bandas novas que vêm dos artistas e não de uma empresa de relações públicas são com certeza aqueles que causam mais ceticismo entre os jornalistas. Às vezes basta um nome incomum entre uma avalanche de emails de relações públicas conhecidos para você ser deixado para trás. Se eles mesmo assim abrirem seu email, qualquer erro pode te prejudicar.
Isso pareceu duro demais? O pior é que não é. Eu não posso falar por todo mundo, mas normalmente, jornalistas não são maldosos sem necessidade; é só que há mais música do que redatores. Há expectativas quanto a qualidade da sua música, é claro, mas também sobre a qualidade da sua apresentação. Aqui seguem 5 tipo de de sugestões de pauta para evitar, e os erros comuns em cada um deles. Tente se lembrar deles quando for escrever um email para jornalistas e você aumentará as chances de receber uma resposta.
1. A sugestão de pauta com pouquíssimos detalhes
Esta é aquela que geralmente soa assim: “Olá, eu sou o blá-blá-blá, e aqui vai um link para a minha música nova. Espero que você curta.” Espera, o quê? Quem é você? Que estilo de música você toca? De onde você é? O que há aqui para eu publicar? As sugestões de pautas mais efetivas vêm no formato de um release. Não incluir uma bio, fotos, links para a sua música, ou qualquer coisa além de uma introdução absurdamente vaga vai eliminar toda a sua credibilidade com os jornalistas. E eles vão achar que você fez eles gastarem o tempo deles.
2. A sugestão de pauta com detalhes demais
Nós queremos saber mais sobre a sua banda, mas também precisamos otimizar o nosso tempo. Ser conciso é a chave aqui. Algumas dicas?
* Não nos dê todo e qualquer detalhe sobre a sua gravação. Vale a pena mencionar o estúdio e o produtor, mas de maneira rápida. Só aumente esta parte em cirscunstâncias especiais, como em um processo colaborativo com um profissional respeitado.
*Não precisamos ouvir a história de todo mundo na banda. Uma frase curta e bacana sobre como vocês se conheceram já basta.
* Um milhão de links para seus vídeos e música não é uma coisa boa. Mande só os seus últimos e melhores, não o catálogo todo.
Lembre-se que há espaço para pequenos casos especiais, especialmente em seus detalhes da bio. Pode ser bacana mencionar, por exemplo, que o avô do tocador de banjo da sua banda era um herói da música local. Uma boa regra para decidir que informação incluir é: se a informação afetou a sua música, então ela provavelmente é boa para ser colocada ali.
3. A sugestão de pauta cheia de desculpas
Qualquer material que você mandar, não deve vir cheio de desculpas. Se você precisa explicar que sua demo ainda está bem crua, mas você é bem melhor ao vivo, considere gravar uma nova faixa. Não mande fotos avisando que duas pessoas nela não são mais parte da banda. Qualquer desculpa sobre o que está ou o que não está incluído no seu email só chama a atenção para a sua falha, e não no que você tem de bom. Prepare seu release do melhor jeito possível, e você vai ver que é fácil escrever ele com confiança.
4. A sugestão de pauta que vende a banda muito mal
Parecido com criar desculpas, coisas como, “Eu sei que a gente ainda é novo e não tocou em muitos lugares, mas se você puder nos dar uma chance…” não são bacanas. Você não precisa ter vergonha de ser uma banda nova. E se você não está seguro no seu release por que um jornalista deveria se arriscar com o que você tem a oferecer? Pense no seu status novo como um ponto de venda; você não apareceu demais na imprensa e esse jornalista pode ser aquele que traz a sua música para o mundo. Você não tem reconhecimento, mas faz parte de um nicho pouco conhecido, novo e bacana? Redatores sempre estão procurando por jeito de mostrar novos movimentos e tendências. Mencione as que você representa para ver se ele pode achar útil. Se você tiver um grande numero de seguidores nas redes sociais, mas se ainda não tiver saído na imprensa, também mencione isso.
5. A sugestão de pauta que é maior do que a banda
Existe um limite tênue – mas uma diferença gigante – entre ser confiante e ser prepotente. Não mande uma sugestão de pauta que dá a entender que sua banda é a melhor que já existiu. Se você não tiver os predicados que queria ter, tipo elogios de grandes revistas ou ter se apresentado na melhor casa de shows da sua cidade, agir como se você fosse merecedor de colher os louros de tudo isso não vai te levar a lugar nenhum.
Jhoni Jackson é um jornalista de música que foi criado em Atlanta e atualmente mora em San Juan, Porto Rico, onde ele é dono de uma balada e casa de shows chamada Club 77, faz freelance escrevendo e, é claro, vai para a praia quando pode.