4 razões porque o Twitter é melhor que o Facebook para marketing de música

Por *Nic Robertson, da Jaden Social, colaborador do CD Baby

Tanto como músico e um diretor-gerente de uma agência de marketing digital, gasto um considerável tempo de trabalho (brincando) no Facebook, Twitter e muitas outras redes sociais que existem no campo virtual.

Trabalhando com mais de 40 artistas independentes e de grandes gravadoras, em uma variedade de campanhas, ao longo dos anos, eu ganhei um belo insight sobre o Facebook e o Twitter, no contexto de marketing musical. E, embora, ambas as plataformas tenham seus pontos fortes e fracos, uma supera a outra, para mim, o tempo todo.

Permito-me compartilhar quatro razões que fazem o Twitter melhor que o Facebook para o marketing de sua música:

1 Custo

O custo é, sem dúvidas, a razão número um do porque nos na Jaden Social amamos e juramos pelo Twitter. Esta plataforma “aberta” nos permite promover as músicas de nossos artistas e crescer a audiência deles todo o ano, sem gastar nem um centavo.

Agora combine isso com algumas ferramentas baratas (ou grátis) do Twitter e um bom entendimento do seu público-alvo, e será uma forma de promoção que não é somente barata, mas tem potencial para conduzir as ondas de tráfego através de outros sites de música como o Soudncloud, CD Baby.com, seu site; além de criar conexões de longo prazo com os novos fãs.

E sobre o Facebook? Ame-o ou odeie-o, o Facebook é um negócio incrivelmente rentável, criado por indivíduos muito experientes. E não é por acaso que estamos vendo, cada vez mais, o nosso feed alimentado por mais e mais anúncios de históricos patrocinados.

Agora, vamos dizer que você precise aumentar sua audiência no Facebook. Você precisará, em primeiro lugar, saber a respeito da plataforma de publicidade do Facebook, depois passar um tempo criando e escrevendo alguns anúncios atraentes para atingir fãs em potencial. Em seguida, é a hora de gastar um pouco de dinheiro.

Mas não é só isso. Depois de gastar algumas centenas de reais construindo uma pequena base de fãs no Facebook, você descobre que, em média, apenas 5% deles verão cada post (mais sobre isso no próximo ponto).

Então, como nós atingimos os outros?

Sim, você adivinhou – promovendo posts; este privilégio custará no mínimo US$ 5 por divulgação. Cara, as coisas estão começando a ficar caras no velho “livro dos rostos”.

2 O Alcance

Quando se trata de alcance, há uma grande diferença entre o Twitter e o Facebook. O Facebook limita o alcance de seus posts, o Twitter, não.

Você está familiarizado com o algoritmo do Facebook chamado “Edgerank”?

Em poucas palavras, o EdgeRank atribui uma classificação a cada ação que ocorre no Facebook (atualizações, comentários, curtidas, compartilhamentos etc) e tenta garantir que apenas o conteúdo mais relevante e interessante seja visto por seus amigos, fãs e assinantes – geralmente trabalhando entre 2 e 7% dos seus fãs. Isso ajuda a manter o seu feed limpo e relevante, mas mais importante, significa que o Facebook pode cobrar para atingir o resto do seu público (confira em http://www.whatisedgerank.com para uma explicação mais aprofundada do EdgeRank).

O Twitter, por sua vez, não tem esse detalhe. Cada vez que você tuita, seu post será visto por cada um de seus seguidores que estiverem vendo seu feed naquele momento particular (ou estiverem vendo tweets passados). Agora tudo o que resta é se tornar mestre dos fusos horários e todo o seu público estará ao seu alcance.

E a notícia fica cada vez melhor: cada vez que você retuíta no Twitter, seu alcance cresce e inclui todos os seguidores que retuitaram você. No Facebook, receber um ‘like’, comentário ou participação no seu post significa que um pouco mais do seu público engajado irá vai ver o post.

Sim, o temido EdgeRank ataca novamente!

Então, ter 10 mil ‘likes’ no Facebook significa 200/700 de seus fãs, em média, estão vendo cada post, mas 10 mil seguidores no Twitter significa, potencialmente, todos os 10 mil fãs estão lendo cada tweet seu.

3 O engajamento
Da minha experiência trabalhando como social media por anos, o Twitter é, sem dúvidas, a mais engajada das duas plataformas. Edgerank certamente ajuda muito, limitando o seu potencial de audiência no Facebook, mas na minha opinião, o Twitter é a experiência mais interativa e pessoal. Quando se trata do marketing de sua música, o objetivo não é apenas construir um exército. Você deve obter valor pelos seus esforços, para ir construindo uma relação pessoal com seus fãs, um por um.

Ao colocar as duas plataformas, uma contra a outra, eu diria que o Facebook é uma ótima maneira de marcar pontos importantes em sua jornada musical. O Twitter é mais um jornal em tempo real, do seu dia a dia, das lutas e conquistas na vida de um músico. O tipo de visão que permite que os fãs conheçam você – não só como artista, mas como pessoa. Ele promove e incentiva um relacionamento direto, pois quando você está seguindo alguém no Twitter, você está assinando cada detalhe de sua vida.

Eu não sei quanto a vocês, mas sempre que eu encontro um artista cuja música realmente faz sentido para mim, eu quero saber o quanto eu puder sobre ele. E onde o Facebook fornece um lanche entre as refeições, o Twitter fornece um banquete completo.

4 O Agora

Um dos grandes inconvenientes do Facebook é a incapacidade de controlar, participar e localizar pessoas que tenham discussões públicas em tempo real. No Twitter, se eu quiser acompanhar as últimas músicas, novidades e tendências, eu possa fazê-lo com apenas um par de teclas digitadas no campo de busca. E da mesma forma, descobrir quais dos meus amigos do hip-hop estão falando sobre o novo álbum de Jay Z leva apenas alguns segundos.

Twitter é uma plataforma construída em torno de conversa, e eu como artista busco aumentar meus fãs e conectar-me à pessoas que realmente desejam saber como é minha vida. Eu posso encontrar pessoas não apenas com base no que elas estão falando, mas também no tipo de música elas gostam – algo facilmente determinado por quais os artistas e usuários está seguindo (no Facebook o melhor que posso fazer é pagar para veicular anúncios visando as pessoas que ‘curtem’ uma determinada página ou seus interesses).

Palavras de despedida
Em uma época em que as preocupações de privacidade on-line estão em um momento alto, certamente tenho que mencionar que o Facebook tem conseguido coletar e guardar informações pessoais. Mas quando combinado com a sua plataforma de publicidade, é infinitamente poderoso. Mas para a sua realidade de músico, os custos associados à construção e manutenção de uma base de fãs no Facebook supera, de longe, qualquer benefício que possa ser extraído.

Como uma plataforma bem menos visual, o Twitter teve que encontrar diferentes maneiras de fornecer o mesmo tipo de valor que o Facebook, com sua multimídia rica. O valor real no Twitter vem através da capacidade de se conectar com pessoas que pensam como você, com pouco ou nenhum custo. E convenhamos, eu não acho que qualquer um de nós entrou no jogo de música para se tornar milionários, a recompensa final vem de ter uma base de fãs de verdade, composta por pessoas reais que compartilham o mesmo tipo de jornada real de vida.

*Nic Robertson é diretor da Jaden Social e colaborador do CD Baby